No meio da bucólica estrada que liga Tiradentes a Bichinho, fica um restaurante sobre o qual já tinha ouvido muitos elogios. Cheguei ao Pau de Angu com muita fome e alguma expectativa. A questão da fome eu resolvi, já a expectativa... Não posso dizer que comi mal. Também não cheguei a comer bem. A verdade é que o que me deixou mais feliz naquele lugar foram coisas menos palpáveis que um prato de comida.
Trata-se de um restaurante de cozinha regional encravado no meio de um vale que é de cortar a respiração de tão bonito. O espaço tem jeito de casa, com uma varanda que é um convite a esquecer as horas.
Logo chegaram uns gostosos bolinhos de aipim com queijo. Nada especial, mas cumpriram bem o papel de aplacar a urgência da fome e garantir tranquilidade pra esperar pelo que ainda viria. No caso, o “Mineirinho”: lombinho, costelinha de lata e carne de panela, acompanhados de arroz, batatas, tutu, couve, tropeiro e angu. As carnes, embora saborosas, estavam todas acima do ponto. O angu era insosso e pesado. Quanto ao tutu, já comi melhores. A couve e o tropeiro estavam bons.
A sobremesa veio no plural. Uma mesa com inúmeros doces típicos. Dos que provei, à exceção do de laranja da terra e do de mamão verde, achei que todos tinham açúcar demais.
Como eu dizia, não foi propriamente a comida o que mais me agradou ali. Mas poder fazer uma refeição acomodada diante de tanta beleza. Ver a vida acontecendo num ritmo bastante diferente do que dita o meu cotidiano. O gado pastando. As crianças jogando bola numa felicidade que me pergunto se reproduziriam diante de um videogame de última geração. E, acima de tudo, o azul daquele céu sem fim...
Pau de Angu - na estrada que liga Tiradentes a Bichinho.
http://www.restaurantepaudeangu.com.br
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